Mitos - lendas - fábulas - contos populares

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segunda-feira, 28 de abril de 2008

 

Fábulas

As fábulas são histórias simples e ficcionais, habitualmente curtas, que ensinam uma moral, fazem uma advertência ou, em alguns casos, satirizam o comportamento humano.
Em muitas fábulas, a moral é geralmente ditada no final, sob a forma de um provérbio. O mais frequente é apresentarem animais que falam e agem como seres humanos, tais como nos exemplos mais famosos - as atribuídas a Esopo, um escravo grego que terá supostamente vivido por volta de 600 a.C., mas sobre quem pouco mais se sabe.

Histórias como "A Tartaruga e a Lebre", na qual devagar se chega ao longe, ou "A Cigarra e a Formiga", na qual uma divertida mas preguiçosa cigarra brinca enquanto a formiga sensatamente armazena comida para o Inverno, eram simples moralidades.

Durante gerações, "As fábulas de Esopo", que poderão provir de fontes mais antigas, foram transmitidas oralmente, até cerca de 300 a.C., altura em que foram reunidas numa colecção. Compiladas por um político ateniense chamado Demétrio de Falero, esta colecção foi mais tarde traduzida para latim por Fedro, um escravo grego libertado. Cerca de quinhentos anos depois, em 230 a.C., outro escritor grego combinou as fábulas de Esopo com histórias semelhantes oriundas da Índia e traduziu-as todas para grego em verso.
Entre as fábulas mais antigas do mundo hoje conhecidas encontram-se estas histórias indianas, chamadas "Panchatantra", uma colecção anónima escrita em sânscrito. Derivadas de fontes budistas, foram provavelmente escritas como instruções para as crianças da realeza.

As fábulas de Esopo, por vezes misturadas com mitos gregos, permanecem uma parte essencial da cultura ocidental e são tão conhecidas das crianças de hoje como o seriam das crianças atenienses há dois mil anos. Histórias como "Androcles e o Leão", na qual um escravo salva a própria vida retirando um espinho da pata de um leão, ou "O Corvo e o Cântaro", em que um corvo sedento enche um cântaro de pedras para elevar o nível da água e assim poder beber (moral: a necessidade aguça o engenho), são ainda contadas às crianças. E atravessam a nossa língua e literatura.

Em "A Raposa e as Uvas", por exemplo, uma raposa vê um cacho de uvas crescer e amadurecer longe do seu alcance e, desagradada com isso, decide que o mais provável é que as uvas estejam verdes. A moral desta fábula - que reflecte o facto de, muitas vezes, as pessoas exprimirem o seu desagrado por coisas que não podem ter - é a origem da expressão "quem desdenha quer comprar".

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sexta-feira, 18 de abril de 2008

 

Mitos e Lendas

Embora as palavras "mito" e "lenda" sejam muitas vezes usadas indistintamente, existem entre as duas algumas diferenças bem perceptíveis.
Quando a maioria das pessoas pensa em mitos, tem em mente algum panteão (outra palavra grega, formada por "pan", que quer dizer "todos", e "theos", que significa "deuses") de deuses gregos e romanos. Segundo os mitos, estas divindades eram seres sobrenaturais que controlavam os acontecimentos do mundo natural.

As lendas são, na verdade, uma forma ancestral de história (no sentido de estudo do passado) - relatos sobre figuras históricas, habitualmente humanas e não divinas, que são passadas de geração em geração desde tempos ancestrais.

Um conhecido exemplo da diferença entre mito e lenda chega-nos da Grã-Bretanha de outros tempos. O rei artur é uma figura histórica sobre a qual foram criadas e recontadas histórias lendárias ao longo de mais de mil anos. Personagem da pré-história britânica, a figura de Artur baseou-se muito provavelmente numa pessoa real, talvez um chefe tribal galês, em redor da qual se coligiu um complexo ciclo de histórias heróicas.

Muitas das histórias sobre um rei chamado Artur começaram pela primeira vez a serem coligidas em "History of the Kings of Britain", escritas por Geoffray de Monmouth entre 1136 e 1138, cerca de quinhentos a mil anos após a época em que o modelo de carne e osso do rei Artur terá vivido.

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quarta-feira, 9 de abril de 2008

 

Mitos

A palavra "mito" deriva do termo grego "mythos", que significa "histórias", e quando o filósofo grego Platão cunhou a palavra mitologia, há mais de dois mil anoa, referia-se a histórias que continham figuras inventadas. Por outras palavras, Platão encarava o mito como uma intrincada ficção, ainda que exprimisse uma "verdade" abrangente.
Platão criticava os mitos como sendo influência corruptora, e no seu estado ideal, exposto em "A República", bania os poetas e as suas histórias.
Segundo o próprio Platão havia que escolher as histórias boas e rejeitar as más:

"Portanto, parece-me que temos de começar por vigiar os fabricantes de fábulas, escolher as suas composições boas e rejeitar as más. Em seguida, convenceremos as amas e as mães a contarem aos filhos as que tivermos escolhido". E depois afirma ainda o seguinte acerca das histórias sobre os deuses:" eis o que não admitiremos na cidade, quer essas ficções sejam alegóricas ou não. Com efeito, a criança não pode distinguir o que é alegoria do que não é. É sem dúvida, por causa disso que se deve fazer todo o possível para que as primeiras fábulas que ela ouve sejam as mais belas e as mais adequadas a ensinar-lhe a virtude".


Estará o filósofo Platão enganado e a mitologia será algo mais que um conjunto de histórias complexas?

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